
Tento dormir pra dureza do dia passar mais rápido
Mas ela vem companheira com seus olhos fundos
Pela fresta da janela com o som do vento em sua voz
Enquanto rolo com meus conflitos no macio desconfortável da cama
Ela me pega vagando no escuro da casa
Acendendo e apagando luzes no fim do meu túnel
Longo
Não tão longo quanto a presença me acompanha na noite sem fim
Mesmo com a dor e as marcas a flor da pele
Ela ainda me observa
Enquanto meus olhos arregalados buscam enxergar algo alem da vida
Ela cínica tal como veio me abandona a tantas da madrugada
Espalhando meus pedaços pela casa
Meus olhos pesados finalmente se entregam ao breu
Mais é tarde
Faltam poucas horas pra muitas horas que ainda tenho.
Autor:Renato S. Lima
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