A fuga

Hoje eu acordei meio mal
Com a sensação estranha
Mais acordei a tempo
Vi meus sonhos fugindo pela janela
Corri atrás antes que o vento a fecha-se
Saltei sem pensar na queda
Sai em pleno temporal
Uma chuva torrencial que encharcava minha alma
Olhei para os lados para ver pra onde iam
Vi meus sonhos dobrando a esquina
Talvez estejam desesperados se achando sem saída
Gritei:
- voltem, ainda não vou desistir de vocês
- voltem, vocês são os únicos que me entendem
Não me ouviram
Continuaram seu caminho
Então corri contra o tempo
E ao meu lado meus vinte poucos anos
Que me dizia:
- chega, você deve desistir
- estes sonhos já não cabem mais a você
Nem olhei para trás
Continuei correndo
Com a roupa encharcada
Grudando em meu corpo e se aderindo em mim
Eu corria
E meus sonhos sempre a minha frente
Não conseguia os alcançar
Corri toda cidade
Vivi no limite do meu corpo
Atrás a idade, na frente meus sonhos
Parei
E gritei ao tempo que parasse
Ele pareceu me ouvir
Meus sonhos parados minha idade também
Caminhei até meus sonhos
Os abracei com carinho
E lhes disse:
- aconteça o que acontecer são meus sonhos
Eles pareceram me entender e se aconchegaram em meus braços
Minha idade envergonhada me acompanhou de volta pra casa
Entrei pela janela que ainda estava aberta
Guardei meus sonhos em um lugar seguro e confortável
Mandei minha idade pro banho
E voltei pra cama
E dormi pra esperar o amanha.

Autor: Renato S. Lima

Liverpool

Deitado no chão de um quarto,
Ouvindo musicas vindas de Liverpool
Em minha mente gritos
Na porta do mundo sonhado
Onde juntos vivemos o canção imaginada
Numa viagem com o vento
Vem os poetas que contam historias
De um mundo sem lamentos
Sei que ontem a sensações
que os poetas traziam eram outras
mas nada que naum se possa entender, viver
juntos esta legião de poetas escrevem
com giz uma só ideologia: a paz....
os gritos param ....
mais não morreram....
estão apenas descansando
deitados no chão de um quarto,
ouvindo musicas vindas de Liverpool

Autor: Renato S. Lima

Brinquedos que marcaram época

O brinquedo de qualquer criança atualmente é um PC ou um videogame. Poucas têm a

oportunidade de se divertirem com coisas mais reais, como reunir os amigos e brincar de carrinho, um passar um tempo jogando ioiô ou diversos outros brinquedos ou brincadeiras que eram uma mania há anos atrás.
Quem viveu essa época vai poder matar a saudade, quem não teve esse prazer pode conhecer um pouco mais dessa “era pré-histórica”:

Tazo foi uma das maiores manias que o Brasil já viu, não existia uma criança nesse país que não arrumava um dinheiro com os pais para comprar um salgadinho, só para poder pegar o Tazo.No recreio da escola era quase obrigatório se reunirem os amigos para jogar Tazo, muitas vezes o negócio acabava em briga, pois as disputa eram ferrenhas.

Bate-bate

Esse brinquedo era o terror da vizinhança. A criançada passava o dia inteiro

batendo esse negócio e fazendo um barulho insuportável. Para quem olha ele parecer ser meio tosco, mas quem brincou sabe que é muito divertido



Brick Game ou Mini Game

Quem não tinha dinheiro para comprar o videogame da época, que era o Super Nintendo, comprava um Brick Game e se divertia a beça. O “videogame de pobre” contava com milhares games, que na verdade eram uns 5 ou 6 repetidos mil vezes, mas nem por isso era menos legal.

Este é o post do blog de um parceiro, este post que to divulgando, me fez lembrar um pouco da minha velha infancia, vale a pena dar uma conferida no blog dele:

http://paradoxodostempos.blogspot.com/

Por um triz

Somos iludidos com uma alusão de que tudo é em vão
Será tudo em vão?
Será realmente efêmero?
Vale à pena arquitetar o futuro?

O escuro cobre nosso olhos
Não nos deixa ver alem de nosso próprio nariz
Até quando vamos ficar assim
Com a corda no pescoço
Andando na corda bamba
A vida por um triz

Quando iremos acordar deste sono profundo?
Quando tempo ainda temos no mundo?
Quanto do mundo ainda há pra nós?

Autor: Renato S. Lima

Nada digo

Tempo, lento, vento, tento,
Ando tanto quanto canto
Pois o canto é meu pranto de alegria
Alegria que chega
Por amores que ficam
Por pessoas que se vão
Seguindo seu caminho
Seguindo a canção
Tropeço em versos
Me entorpeço na emoção
Madrugada fria me alivia
Abro os olhos para o universo
Mas o que mais me intriga
É saber qual a face da moeda.

Autores: Márcia Bragagnole & Renato S. Lima

Blog da Márcia: http://marciambragagnole.blogspot.com/